domingo, 30 de janeiro de 2011

Documentário do Projeto Agrofloresta

Esse documentário mostra a expectativa dos assentados e todo o aprendizado dos monitores desenvolvido pelo projeto com a ajuda dos coordenadores, facilitadores e o apoio de entidades. Foi baseado em todo o material colhido durante o projeto como fotos e algumas filmagens.

Parte 1



Parte 2





quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VISITA DE INTERCÂMBIO 2

BARRA DO TURVO/SÃO PAULO
            A visita ocorreu em junho (2009) e levou-se quarenta e sete participantes que puderam conhecer e trocar experiências com os agricultores familiares na região do Vale do Ribeira, divisa com o Paraná.
            Essa visita facilita o entendimento sobre os SAFs e acelera assim a adoção e implantação desses sistemas nas áreas das famílias do projeto. Há também uma preparação prática para a realização da oficina de desenho e planejamento de sistemas agroflorestais.
            Conheceu-se assim a experiência dos agricultores agroflorestais da COOPERAFLORESTA. E mais uma vez foi demonstrado na prática o que é “sustentabilidade” ambiental e social que o SAF pode gerar e também a qualidade de vida junto com a variedade de alimentos e harmonia com a natureza.


Fotos da visita de intercâmbio encontram-se no link abaixo:

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AS ATIVIDADES (2009)

Capacitação dos Monitores Multiplicadores para o monitoramento
            Foi em janeiro (2009) que começou algumas atividades com o intuito de preparar os monitores para que estes pudessem iniciar trabalhos em campo e acompanhar atividades atuando assim como facilitadores junto às propriedades acompanhadas.
            Cabe aos monitores visitar as propriedades e junto com a família que participa, construir um mapa de acordo com o que é observado. Além disso, procura saber a situação da propriedade e problemas enfrentados através de conversas, assim como sonhos e desejos dessas famílias.
           
Levantamento de dados sobre as famílias participantes do projeto
Em janeiro (2009) ainda os monitores aplicaram um diagnóstico que é uma entrevista para conhecer melhor a família, a propriedade e planejar o que pode ser feito.

Capacitação Monitores e Prática em Campo na implantação de Unidades Demonstrativas
No mês de março (2009) a equipe junto com os monitores do projeto, reuniram-se no lote do Sr. Sebastião e Dona Maria. A partir dos resultados do diagnóstico pode-se trabalhar o planejamento do lote com a família, e assim dar início ao trabalho de implantação da unidade demonstrativa que o torna uma referência para o projeto.
Após o planejamento fez-se uma demonstração implantando uma área que foi acompanhada pelo projeto – área modelo.

Continuidade na Formação dos Monitores Multiplicadores para Monitoramento
Esse processo contínuo aconteceu nos meses de maio e agosto (2009) porque se acredita que o futuro está nos jovens dentro da comunidade e que possam atuar como agentes de extensão rural.
Objetiva-se com esta prática preparar os monitores para atuarem como facilitadores junto às propriedades acompanhadas, terem noções de planejamento da propriedade como um todo, conhecimento sobre reserva legal e área de preservação permanente, e também compreenderem que existem diferentes sistemas agroflorestais tais como quintais, pastos com árvores, áreas destinadas a produção e proteção ambiental.

Demarcação nas Unidades Demonstrativas
            Foram demarcadas 42 parcelas de 10m x 10m. Nessas área são orientados os processos iniciais para a implantação representados pela recuperação e conservação do solo num primeiro momento. Essas áreas servem de modelo para o assentamento e até para a região.


Fotos das atividades podem ser encontradas nos links abaixo:

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

VISITA DE INTERCÂMBIO 1

VIAGEM A PARATY/RIO DE JANEIRO
            Em novembro (2008) o projeto proporcionou a visita de quatro jovens do assentamento para conhecerem o trabalho e trocarem experiências com a comunidade do Quilombo do Campinho e a Família Ferreira (onde ocorreu a “V Vivência Agroflorestal da Família Ferreira”).
A viagem contou com a colaboração da ONG IPESA, que atua em um projeto que visa o desenvolvimento de SAFs na região de Ibiúna/SP. Foram nessa visita os quatros jovens do assentamento e mais quatro agricultores orgânicos do bairro do Verava, município de Ibiúna, SP, um dos centros de produção orgânica mais antigos do estado.

Quilombo Campinho
            Nesta comunidade conheceu-se a organização e a luta dos quilombolas pela demarcação de suas terras, ameaçado pelo desenvolvimento turístico da região.
            Viu-se que com a organização e a busca pela auto-suficiêcia da própria comunidade através do manejo de agroflorestal conseguiu afastar o turismo que era uma ameaça na perda de terras. Assim tornou-se um grande potencial gerador de renda por meio da comercialização de produtos agroecológicos – diretamente ou servido no restaurante a beira da estrada. E também pelas visitas monitoradas pela comunidade – conta com um viveiro florestal, muitas áreas com agroflorestas, produção de artesanatos com PFNM, etc.

V Vivência Agroflorestal da Família Ferreira
            O sítio da Família Ferreira é localizado no sertão de Paraty. Esta família já trabalha com SAFs há uns dez anos
Demonstram na prática o que é “sustentabilidade” ambiental e social dos SAFs. Vivem em uma área de encosta cercada por mata e aos poucos transformaram áreas de pasto em SAFs. Possuem treze áreas implantadas.
Observou-se áreas produtivas protegidas da erosão, rico em matéria orgânica e uma grande biodiversidade onde os animais presentes utilizavam os SAFs como alimento.
Uma família que antes dependia do trabalho na cidade hoje aproveita a abundância e diversidade de alimentos e produtos produzidos (compotas, produtos medicinais, ornamentais, madeira, etc) por eles próprios.
A vivência fez com que os participantes fizessem atividades em grupos e conhecessem os diversos aspectos envolvidos. Houve oficinas de: Compotas; Análise de SAFs; Capina Seletiva; Poda Seletiva; Artesanato com Fibra de Bananeira e; Planejamento e Desenho de SAFs. Além disso teve momentos de trocas de ideias, apresentação de trabalhos sobre SAF e da trajetória da família Ferreira.

             Fotos dos Intercâmbios pode ser encontradas nos link abaixo:
http://picasaweb.google.com/agroflorestaipanema/VisitaDeIntercambioParatyRJ#
http://picasaweb.google.com/agroflorestaipanema/VisitaParatyRJQuilombosDoCampinhoNov2008#

AS ATIVIDADES Parte 2 (2008)

Formação do conselho gestor
            Esse importante passo aconteceu em setembro (2008). É considerado importante, pois participam dele os parceiros, a equipe do projeto e especialmente os representantes da própria comunidade. Deste modo, os participantes têm direito de votar e discutir questões sobre o andamento do projeto, as parcerias, a parte financeira, ou seja, colaboram para as decisões coletivas em prol da boa condução do projeto.
            O conselho é formado por aproximadamente vinte membros entre participantes e suplentes, sendo que a participação de demais interessados encontra-se acessível.
            Nesta reunião ficaram decididos os critérios para a escolha e nomes dos jovens, por meio da decisão dos conselheiros.

Interações em campo
Diálogos em campo são estabelecidos em cada unidade familiar individual com o objetivo de se fazer um levantamento das unidades potenciais para o monitoramento e/ou utilizadas como unidades de demonstração (UD), e também através dos diálogos com as famílias e com os jovens seja possível torna-los monitores do projeto.
            Portanto, um dos pontos fortes desse projeto está em aproveitar os resultados de trabalhos realizados antes na mesma comunidade, e ainda potencializar suas lições para que se ganhe tempo no alcance dos objetivos num projeto como este.

Identificação dos Jovens Agricultores Monitores
            Os agricultores monitores, ao longo do projeto, serão capacitados em práticas agroecológicas acompanhando as áreas definidas pelo projeto nos dias disponíveis.
            O monitor deve acompanhar cinco áreas, sendo uma dessas uma unidade demonstrativa e também deve acompanhar sua própria área.
            O monitoramento consiste na anotação no diário do monitor onde são anotadas informações sobre as atividades que ele realiza e informações referentes às áreas acompanhadas.
Através da comunidade e de diálogos estabelecidos escolheram-se os monitores para esta etapa: Renata Aparecida Proença, Jairo da Silva, Romualdo Gelpke, Tiago Ribeiro, Allan Ribeiro e Willian Dellai.

Curso de Metodologias Participativas
            No mês de outubro (2008) realizou-se este curso direcionado para a equipe técnica do projeto, aos jovens monitores e aos parceiros envolvidos.  A abordagem feita foi nas questões como bases e a importância da participação coletiva em diversos processos, o potencial libertador deste tipo de trabalho e, além disso, meios de se aplicar na prática tais ideias.

Oficina de Mapeamento Participativo
Também no mês de outubro (2008) fez-se a oficina no próprio assentamento. Tinha como objetivo identificar e mostrar a importância das diferentes percepções e avaliações entre as pessoas (homens, mulheres e jovens) na comunidade.
            A metodologia de construção do mapa foi aplicado junto às famílias da comunidade e também os monitores foram apresentados.
            Já que um dos objetivos do projeto é a integração e troca de experiência entre as famílias envolvidas fez-se um “bate-papo” entre os agricultores (homens, mulheres e jovens) sendo que o assunto foi sobre agroecologia. No decorrer surgiram dúvidas em relação à agroecologia e o manejo de árvores dentro da propriedade rural.
            Diante disso o projeto procurou orientá-los que deve-se respeitar a lei o que inclui proteger rios, lagos e reservas legais, etc. No demais, é direito do agricultor usar aquilo que ele mesmo plantou.
            A conversa sobre agroecologia foi mais no sentido de esclarecer ideias e conceitos errados sobre o tema mostrando assim que o objetivo do projeto é construir uma proposta conjunta, respeitando o agricultor e o meio ambiente, ou seja, a agroecologia preocupa-se com a sustentabilidade ambiental, social, cultural e econômica do agricultor.
Na agroecologia fala-se na questão de uma vida econômica e social mais justa, produzindo grande diversidade de alimentos para o seu próprio consumo, gerando renda, independência de insumos externos e por fim convivendo em comunhão com qualidade de vida.
Entre as trocas de experiência dos agricultores houve uma reclamação quanto à “terra ruim” e “solo fraco”. Então foi colocada a importância de se ter mais cuidado com o solo principalmente quanto a manutenção da sua fertilidade, a cobertura sobre o solo que é vital e se ficar exposto pode causar problemas como erosões,etc. E também falou-se sobre a rotação de culturas e plantios consorciados.
Percebeu-se que os agricultores têm dificuldades em compreender as funções que as plantas têm entre elas e para o sistema implantado. É preciso compreender e aprender que é possível as espécies conviverem em conjunto e devemos praticá-los ou até mesmo resgatar do passado.
E paralelo a isso foi feita uma simples demonstração prática e participativa sobre a implantação e função de sistemas Agroflorestais. A implantação ocorreu em uma área de aproximadamente meio hectare e as intervenções feitas foram:
·         Proteção emergencial do solo por estar considerado fraco com uso de capina seletiva;
·         Limpeza e manutenção de frutíferas existentes;
·         Introdução de leguminosas e adubos verde (Guandú, Feijão de Porco, Girassol, etc.), para melhoria do solo;
·         Plantio em curva de nível com cana e capim para cobertura do solo e alimentação do gado;
·         Debate para enriquecimento com novas espécies a serem realizados na seqüência (abertura de covas).

Nessa prática buscou-se demonstrar que os sistemas implantados e em desenvolvimento possuem uma dinâmica contínua onde o agricultor é que irá conduzi-la, ou seja, é ele que toma decisões como manutenção e poda de árvores entre outras atividades.
Apesar da curta duração da atividade conseguiu-se bons resultados como avanços significativos sobre agroecologia e os SAFs, , troca de experiências entre as famílias e a implantação de uma pequena área demonstrativa coletiva que foi acompanhada durante o projeto.


Fotos da Oficina de Mapeamento Participativo encontram-se nos links:
http://picasaweb.google.com/agroflorestaipanema/OficinaMapeamentoParticipativo_PreparacaoTeorica_Set2008#
http://picasaweb.google.com/agroflorestaipanema/OficinaMapeamentoParticipativo_FaseDeAplicacaoEmCampo231008# 

AS ATIVIDADES Parte 1 (2008)

            Foram feitas reuniões iniciais com as famílias onde o intuito era estabelecer a divulgação do projeto.
            O projeto foi aprovado e em dezembro de 2007 foi realizada uma reunião com líderes dos diferentes grupos organizados dentro do assentamento para divulgá-la e então iniciar uma mobilização para realização de ações até a efetiva liberação do recurso.
Intensificaram-se as ações para divulgação do projeto em maio (2008).
Foram realizadas reuniões, sendo uma na área 01 e outra na área 02 do Assentamento Ipanema separadamente.
Estas reuniões tiveram como objetivos o seguinte:
- Divulgar oficialmente o projeto para as famílias e parceiros;
- Apresentação da equipe envolvida no projeto;
- Apresentação das etapas previstas no projeto;
- Nivelar as estratégias do projeto quanto ao trabalho com Sistemas Agroflorestais e Produtos Não-Madeireiros;
- Listar os interessados em participar do Conselho Gestor (CG) e;
- Verificar as famílias interessadas em participar do projeto.
De acordo com a lista de presença a participação chegou a oitenta famílias entre homens, mulheres, jovens e crianças. Foi feita uma lista inicial de interessados em participar do projeto.
Em junho (2008) foi realizada uma nova reunião e dessa vez somente com os interessados na participação do projeto. Esta reunião tratou do seguinte:
·      Discussão do formato do Conselho Gestor: quem vota, quantos representantes, etc.;
·      Critérios para escolha das áreas a serem iniciados os trabalhos;
·      Definição dos critérios para escolha monitores multiplicadores e dos monitorados;
·      Critérios para escolha dos jovens bolsistas da comunidade.
Através dessa reunião apareceu à demanda para trabalhar algumas oficinas com os jovens sobre expectativas para o futuro, agroecologia e também o processo de monitoria proposto no projeto.

Oficinas para jovens: Agroecologia e a Construção do Futuro
            Em julho foram feitas oficinas com a intenção de realizar um primeiro diagnóstico sobre os problemas, demandas e possíveis ações na visão dos jovens e dos interessados em participar do projeto, verificando assim os possíveis jovens bolsistas.
            Abaixo segue alguns “sonhos” dos participantes da comunidade – resultado das dinâmicas realizadas que vem de encontro ao projeto.

     
             Atividades como estas são importantes para a construção coletiva dos resultados.
            Em agosto o recurso do projeto foi liberado e as atividades tornaram-se mais frequentes.
            Desde o início acontecem reuniões técnicas de planejamento entre a equipe do projeto e parceiros, em paralelo a pratica das atividades em campo. Objetivou-se com essas reuniões tratar o andamento do projeto, trabalhar planos de ações para realização das atividades, de reafirmar e buscar novas parcerias, entre outros.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Início do Projeto Agrofloresta

O nome oficial do projeto é “Extensão Inovadora em Modelos Sustentáveis de Produção: sistemas agroflorestais e manejo de produtos florestais não madeireiros”. Foi a partir de consultas à comunidade do assentamento Ipanema, município de Iperó/SP no ano de 2007 que o projeto foi criado sendo apresentado e aprovado no edital entre o CNPq e o Ministério do Desenvolvido Agrário – MDA, no mês de dezembro do mesmo ano, tendo como proponente a Universidade Federal de São Carlos – UFSCar-, Campus Sorocaba/SP.
Alguns dos parceiros do projeto são o ITESP, INCRA, FLONA Ipanema/ICMCB, UNISO, RIOESBA, ESALQ-USP, etc.
A principal proposta deste projeto é criar condições para que ações importantes para a comunidade possam ser mais contínuas, sendo asseguradas pelo comprometimento e autogestão dos agricultores envolvidos.
Tem como objetivo: Estabelecer um sistema participativo de gestão do projeto; Gerar mecanismos para disponibilização e apropriação do conhecimento pelos atores envolvidos, em SAF (sistemas agroflorestais) e manejo de PFNM (produtos florestais não madeireiros) e; Contribuir para os sistemas de ATER (assistência técnica e extensão rural) com modelos aplicados a realidades locais, em sistemas sustentáveis de uso da terra.
O projeto apoia a conservação dos recursos naturais no Assentamento Ipanema, através da recuperação de áreas degradadas e da implantação de sistemas de produção biodiversos. Com isso, pretende-se a melhoria da qualidade de vida de cada família, atingindo sua segurança alimentar.
Todas as atividades serão desenvolvidas junto às famílias do assentamento. Merece destaque a proposta focada na formação dos jovens do assentamento para que atuem como monitores multiplicadores do projeto, acompanhando as unidades familiares, e recebendo uma ajuda de custo para isto. Junto a isso, serão criadas Unidades Demonstrativas (UD´s) com SAFs e de PFNMs junto as famílias participantes do projeto.
Dentro da proposta inovadora em ATER deste projeto, uma questão muito importante é que todas suas ações contemplem a participação da diversidade de atores envolvidos, almejando a construção de uma forte base coletiva para a sustentabilidade.
A equipe do projeto é composta por 02 coordenadoras, 02 técnicos facilitadores, 07 monitores multiplicadores em formação, 06 estagiários e o Conselho Gestor do projeto, que além dos parceiros envolvidos, existem os representantes do assentamento.
Sendo assim, é importante lembrar que neste projeto não temos técnicos especialistas, e sim facilitadores, que atuam para o desenvolvimento de um trabalho participativo com as famílias, através do comprometimento.